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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

segunda-feira, 2 de abril de 2018

UMA OITAVA ACIMA



Não terá sido o jogo mais conseguido da corrente série de oito vitórias, muito por mérito da organização defensiva do adversário e por algum défice de velocidade da nossa equipa. Mas não deixou de ser uma vitória justa e merecida. 

Ao longo da primeira parte, desenhámos belas jogadas em ataque posicional, mas faltou alguma definição no último passe. O Peseiro abdicou de jogar com ponta-de-lança para povoar mais a defesa e o meio-campo, explorando a velocidade do Rafinha e do Heldon em transições rápidas, apoiadas na qualidade de passe do Mattheus Oliveira. O Vitória conseguiu assim construir alguns contra-ataques, sobretudo pelo seu flanco esquerdo, que terminaram em cruzamentos perigosos. Por duas vezes, valeu-nos o Grimaldo a desfazer o perigo, dobrando os centrais no coração da nossa área. No resto do tempo, só deu Benfica. Tivemos muita posse de bola no meio-campo adversário e conseguimos reciclar os ataques com muita frequência. Mas os passes para finalização não estavam a sair letais e encontravam sempre um pé ou uma perna vimaranense a impedir que a bola chegasse ao nosso matador. Ou até a mão do João Aurélio. Só que com a mão não vale e, desta vez, o VAR viu e avisou o árbitro. Penálti tão indiscutível quanto indefensável - é assim Jonas, com força e para a malha lateral! 




O 1-0 ao intervalo deixava boas perspectivas para a segunda parte, ainda para mais com a vantagem de atacarmos para a baliza grande. O Grimaldo voltou a estar em destaque, mas agora na área adversária. Por duas vezes, surgiu isolado na cara do guarda-redes, mas não conseguiu concretizar. Teve ainda um remate a obrigar o Miguel Silva a defesa apertada. O jogo de paciência e desgaste praticado pelo Benfica começava a abrir brechas no bloco minhoto, mas ainda faltava o golo da tranquilidade. O jogo parecia controlado (na segunda parte, apenas por uma vez o Vitória conseguiu sair com perigo) mas era muito arriscado mantermos a vantagem mínima. 



Felizmente, temos no banco a solução para estas situações. Um verdadeiro game changer, de seu nome Raúl Alonso Jiménez Rodríguez. Desta vez, o nosso Furacão Mexicano juntou ao enorme entusiasmo com que entra em campo sempre que é chamado a mais bela Letra do abecedário futebolístico! Assistência sublime para o Jonas bisar e fechar a contagem em 2-0. Este já está. Agora é invadir o Bonfim em busca da nona!




JONAS - a queda de um mito
"Ah e tal, o Jonas não pode jogar sozinho na frente" Quantas vezes ouvimos esta verdade insofismável ao longo das últimas épocas? Também eu alimentei este mito, convencido que seria um desperdício de talento entregarmos o Jonas à marcação dos centrais e tirá-lo daquele espaço entre-linhas, onde ele define como ninguém. Pois bem, a verdade é que o mister Vitória conseguiu resolver a quadratura do círculo e hoje temos o melhor Jonas de sempre... a jogar sozinho na frente! Tal como numa escala musical, a recepção ao Vitória de Guimarães marca o fecho de um ciclo iniciado precisamente na deslocação à cidade berço, em 5/11/2017. A 11ª jornada marcou a estreia deste sistema. Nessa altura, foi necessário Inovar para Ganhar. Passada uma volta completa no calendário, temos a equipa bem afinada neste apaixonante 4-3-3, a tocar uma oitava (vitória consecutiva) acima!

                            Ficha do jogo (aqui)

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