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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

We could be heroes...

























Só por um dia... podíamos ter sido heróis no Teatro dos Sonhos! 

Faltaram-nos algumas coisas para trazermos pelo menos o empate de Manchester. Faltou-nos algum controlo e faltou-nos algum acerto. Faltou também um árbitro com uniformidade de critérios e faltou-nos sorte. A bola deles vai ao poste e entra, a nossa vai ao poste e sai. O nosso guarda-redes defende um penalti, tem mais uma série de excelentes intervenções, e depois é apunhalado pelas costas.

O que não nos faltou foi atitude! Os nossos jogadores acreditaram sempre e deram tudo até ao fim. Conseguimos dividir o jogo com o melhor Manchester dos últimos anos e criar-lhes sérias dificuldades, muito mais do que na Luz. Eles foram superiores no pragmatismo e na exploração dos nossos pontos fracos.

Concordo com a abordagem ao jogo, em 4-1-4-1, num bloco compacto, não muito baixo. Conseguimos conter o jogo interior do Manchester e forçá-los a jogar por fora ou em lançamentos longos, quase sempre bem controlados pela dupla de centrais (bom regresso, Jardel!) e pelo Svilar. Conseguimos sair com critério e tivemos muitas aproximações à área deles, mas só em remates de longe criámos grande perigo. Valente Diogo!




E depois aconteceram os lances cruciais que ditaram o resultado: o penalti não assinalado sobre o Pizzi; o remate do Matic que o Svilar não consegue desviar do poste e lhe bate nas costas; o remate do Raúl ao poste; e o penalti do Samaris na auto-estrada aberta pelo Douglas. 

Foi pena, mas não foi aqui nem na jornada anterior que comprometemos o objectivo Oitavos-de-Final. Pelo contrário, deste jogo podemos e devemos retirar alento para os próximos, começando já no domingo em Guimarães. O impressionante apoio dos nossos adeptos durante todo o jogo e a comunhão com a equipa no final são o caminho a seguir! Com esta atitude e união voltaremos a ganhar habitualmente!






















(ficha do jogo, aqui)


ALGUMAS APRECIAÇÕES INDIVIDUAIS

Talvez pudesse ter feito um bocadinho melhor no remate do Matic, mas o Svilar não merecia aquele azar. De resto, esteve muitíssimo bem no controlo da profundidade, entre os postes e nas 'manchas'. Foi mais uma etapa que lhe deu experiência e o torna mais forte.






É uma pena, o Douglas. Com a bola nos pés no meio-campo adversário até se torna um jogador interessante. Consegue criar desequilíbrios graças aos seus recursos técnicos e imprevisibilidade. Quando melhorar o entrosamento com os colegas, podemos tirar mais partido dos seus movimentos interiores. 
Mas a defender é... quase cómico. Logo pela forma como coloca o corpo em relação ao adversário se percebe que vai ser 'comido'. São erros básicos, de formação, virtualmente impossíveis de corrigir aos 27 anos. 

Do Rúben Dias, já basta dizermos que esteve ao seu nível habitual para dizermos que fez uma grande exibição! O Jardel também esteve bem. O Samaris teve muito trabalho, ajudou imenso a fechar o flanco direito, cometeu alguns erros forçados. Quem voltou a cometer imensos erros não-forçados foi o Pizzi, que tarda em reencontrar-se. O Salvio e o Raúl lutaram até à exaustão e foram sempre um incómodo para a defesa contrária. O Diogo Gonçalves foi o nosso melhor jogador e podia ter sido o Rei da noite.

Por falar nisso, fiquemos com o excelente tema do Bowie que inspirou o título desta crónica.


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