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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

domingo, 17 de setembro de 2017

No Bessa com pouca cabeça
























Agora já não adianta nada chorar pelos que saíram nem reclamar pelos que não entraram. Os que cá temos são suficientemente bons para jogarmos muito melhor do que temos visto nos últimos jogos. O que é necessário é que sejam identificadas as razões para este sub-rendimento e tomadas as medidas necessárias.

Ontem, a primeira parte até não foi má de todo. Marcámos cedo (mais uma assistência do Zivkovic, mais um golo do Jonas), tivemos muita posse de bola, construímos bastantes ataques, fizemos alguns remates perigosos e não passámos por grandes calafrios. 

Inexplicavelmente, a segunda parte voltou a mostrar-nos um Benfica confuso, inseguro, desconfiado de si próprio e pouco determinado. O primeiro golo do Boavista é exemplo disso. O segundo golo do Boavista é um azar do Varela que até pode acontecer aos bons guarda-redes...

Marcar primeiro e depois sofrer dois golos perante uma equipa claramente inferior (tal como aconteceu terça-feira com o CSKA) é sinal de falta de controlo. Táctico e emocional. As saudades que eu tenho de ver a equipa a "passar para trás e para o lado" durante largos minutos de jogo, obrigando o adversário a correr atrás da bola sem a cheirar. (Aqueles que assobiam nessas situações bem podem agora bater com a cabeça na parede).

Sem Fejsa, são evidentes os nossos problemas no eixo central. O Filipe Augusto passa bem mas não tem as rotinas de trinco. O Pizzi desgasta-se muito em acções sem bola e depois falta-lhe energia e discernimento para organizar os ataques. O Jonas, apesar dos golos (oito em oito jogos), parece-me menos inspirado e menos esclarecido naquele jogo de tabelinhas que o caracteriza. O Seferovic acaba por ser mais vítima do que réu dum processo ofensivo mal definido. O Salvio, já se sabe, decide sempre enfrentar o(s) adversário(s) directo(s). Nos jogos em que consegue ultrapassá-lo(s) sessenta ou setenta por cento das vezes acaba por dar golos e assistências. Quando não, é um desperdício de tempo e energia para toda a gente. Acresce que este ano não tem um companheiro (lateral-direito) que seja, ele próprio, um desequilibrador na frente.

Mais uma vez, acabámos com muitos jogadores na frente a atrapalharem-se uns aos outros, muita gente fora da sua posição, muita sofreguidão e falta de "cabeça". Isto é precisamente o contrário daquilo que nos permitiu chegar ao golo tardio em Chaves, por exemplo.

Os cinco pontos de atraso nesta fase do campeonato não comprometem, mas preocupam. Sobretudo porque decorrem de erros próprios e falta de capacidade para reagir rapidamente a situações adversas. Pior que o atraso na classificação, é a fragilidade na exibição.

Segue-se a estreia na Taça da Liga, na próxima quarta-feira. Frente ao Braga na Luz, teremos oportunidade de testar novas soluções que poderão mostrar novos caminhos para o Benfica 2017/2018. Vamos a isso!


                               Ficha do jogo (aqui)



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